No caso de boa parte dos sites do governo federal, os certificados de segurança são emitidos pelo ITI, que não é reconhecido pelos navegadores mais utilizados no mundo, como Chrome, Firefox, Edge e Safari. Isso dificulta ou até impede o acesso às páginas: o navegador do Google mostra uma mensagem nada amigável dizendo que “invasores podem estar tentando roubar suas informações” e bloqueia o acesso.
O problema deverá acabar com o recebimento do selo Webtrust SSL Baseline pelo ITI. “É o requisito que faltava para que a cadeia SSL raiz da ICP-Brasil pudesse ser inserida nos repositórios dos grandes sistemas operacionais, nos quais a distribuição será feita de forma automática”, diz o assessor especial do ITI, Eduardo Lacerda, em comunicado.
O ITI diz que possui um acordo em vigor com a Microsoft “que permitirá, de imediato, a inserção dessa nova raiz apenas nos seus repositórios confiáveis”, o que resolve o problema de certificado inválido para os usuários de Windows. “Quanto às demais plataformas, serão apresentados o selo e os respectivos relatórios de auditoria para continuarmos as tratativas para inserção progressiva do certificado raiz também em seus repositórios confiáveis”, afirma o ITI.
Alguns sites do governo não apresentavam erros porque possuíam certificados SSL emitidos por outras empresas, como a GlobalSign no caso do portal gov.br ou a iniciativa Let’s Encrypt na página da Anatel, mas as falhas ainda surgiam no site da Receita Federal, por exemplo. O “Sua conexão não é particular” finalmente deverá sumir de todos eles em breve.
Antes tarde do que mais tarde.
Fonte: Tecnoblog